José Gonzalez Collado
BARALHAR E TORNAR A DAR
Vi tudo o que havia para ver
no tempo que me foi dado
para o fazer,
desmontava as imagens
sem perceber os porquês
de actos sem explicação.
Caía à noite uma chuva
miudinha, fria,
punha os pés na banqueta
de pinho,
encolhia a alma
esperando que a chuva passasse.
Olhava a estante grande
e cheia,
escolhia um livro,
desta vez um romance,
com muitas descrições de Paris,
viajava pelas ruas iluminadas,
bares ruidosos,
perdia-me nos jardins cuidados,
a catarse feita
adormecia no sofá gasto.
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