José Gonzalez Collado
FLASH
Aqui, outra vez,
o hall da entrada iluminado,
o relógio antigo parado,
os quadros nas paredes esquecidos,
o atendedor de chamadas
sem mensagens.
A sala grande, a lareira fria,
o sofá coçado,
muda-se amanhã ou nunca,
o copo sujo
da última bebida tomada.
As árvores por aparar
tomaram conta do jardim,
as orquídeas secas.
Uma folha de papel escurecido,
a caneta ao lado,
o poema inacabado.
Flores tentando romper a terra,
presa e ressequida.
Vozes ao fundo, passado,
erguendo copos em brinde
cheios de esperança e fé.
O tempo parou,
de novo falo,
lembrando dias vividos
neste local abandonado.
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