terça-feira, 26 de setembro de 2017

SER

Victor Silva Barros

SER

Entre ser e não ser
há a sorte e o azar,
o jogo, a roleta,
a missa e o missal,
o saltinho de pardal
pronto a elevar a moral.
O ir e voltar,
o lago dos cisnes
na rua dos Clérigos,
o violoncelo e a espada,
o riso que se solta,
a alma que dói.
O mar, a largueza,
os dias que duram, duram.
Os deuses, as ilhas,
as promessas prometidas,
as falhadas, as perdidas,
o segundo que falta
o ânimo indo

no bico da águia velha.

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