Reunidos à volta
da mesa
cada um com o
seu poema,
esperam a vez
com paciência
de falar
de amores perdidos
ou achados,
da floresta
rebentando abundância,
das árvores
prenhes de fruta,
da sonolência
que é ouvir políticos
repetindo até à
exaustão
os mesmos
clichés estafados,
das tardes
quentes
em que só as
cartas
desmanchavam a
paisagem vazia.
Das brigas entre
gente comum,
da vida que se
perdeu
em excursões ao
Bom Jesus de Braga.
De quartos de
motéis sem cunho,
de papel de
parede desbotado,
do pôr do sol
com um copo de
vinho
esquecido tudo
ao redor.
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