Voltarei a
pintar a Ribeira
o formigueiro
humano que a fotografa,
o rio sereno que
não dá por nada,
o barco rabelo
apinhado de povo
descobrindo
encantado a cidade,
Abrirei as cores,
não gosto da
negrura nas casas,
nem no vestir das
tripeiras.
Haverá um porto
seco
numa mesa de
ferro forjado,
uma barman
escorreita
enchendo o copo
seleccionado.
Os pincéis
bordarão as margens
de gaivotas
esfomeadas,
as migalhas
caindo livremente
saciando a fome
das aves.
Não há lugar a
voltar atrás
darei o meu nome
a uma pintura
palpável
a serenidade do
pôr do sol na Foz,
a crianças
comendo devagar
o gelado de
morango,
a rapariga gira
esquecida de tudo
enquanto olha o
namorado.
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