O Verão
incendeia
como se fosse
lua cheia,
logo de manhã
queima
reflectindo nas ruas
miríades de luz.
As pálpebras
fecham-se,
clemência, não é
preciso mais.
De um ano para o
outro
que mudança
climática,
de golpe em
golpe
avança a secura,
o deserto.
Olha, os ramos
mortos,
as flores que
secam
sem brotarem,
os animais
bebendo gotas
parando para se
aguentarem.
Um calafrio
pensando no futuro
a verdura uma
recordação?
A trepadeira
ressequida,
as ruínas da
nossa incoerência.
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