Passa a vida tão
depressa
no ponteiro do
relógio,
levanta, acorda,
lava a cara qual
sonâmbulo,
apanha o metro,
toma café e um
croissant
num boteco junto
ao escritório,
pega pasta,
arquiva pasta,
cataloga mil
papéis,
a luz do dia esvai-se
por entre os
estores entreabertos,
que vontade de
voar
na asa branca da
última gaivota,
poisar numa ilha
deserta,
escrever poemas,
o dia escorrendo
entre os dedos e
a caneta,
Que fazer, que
dizer,
não há relógio
de pulso,
sacode-se a
areia,
é uma emoção o
pôr do sol,
adormecer ao som
doce
das ondas calmas
abraçando a
praia.
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