Tudo se resume a
um livro
velho, bafiento,
vindo
directamente do alfarrabista.
Um livro que
abre mentes,
transpõe
distâncias,
leva-nos a
lugares mágicos.
O livro comprado
um pouco ao
acaso,
quase não
existia
no meio imerso
de uma
prateleira quase vazia..
rodo-o nas
minhas mãos,
pesa-lhe a
clarividência
de transportar
pensamentos,
estados de alma,
alquimia
temperada em oficinas
sábias,
satisfazendo
outros como eu
ávidos de saberes
antigos.
Provisoriamente
ficou na gaveta
aberta
para perder o
cheiro característico
de livro fechado.
Depois, amanhã,
depois de amanhã,
ou noutro dia
qualquer
soltará perfumes
verdes
trazidos
directamente de Paris.
Escancarada a
porta principal,
o pinhal fica
defronte,
os odores
misturam-se,
algo criativo
está prestes a
acontece,
a flor do ibisco
rompeu
para enfeitar a
leitura,
dar cor ao flute
de champanhe
em cima da mesa.
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