A minha língua,
dizem que bizarra,
complexa, com
palavras sem tradução,
é diferente de
outras línguas mátrias,
é única por ser
de tantos,
por ser minha
também.
Amacia, retalha,
apazigua
a vontade de
migrar.
Paga pouco, é
comedida
travando o
avançar.
É dura, rude,
arcaica,
com esgares na
hora de abraçar.
É picuinhas,
invejosa,
gulosa até onde
o olhar alcança.
Pinga amor, amaciada
às famílias
universais.
Silenciosa,
nostálgica,
chora com as
perdas dolorosas.
É doce, elogiosa,
sempre que uma
moça jeitosa,
lhe passa à
frente.
Difícil de manipular,
muito
comunicativa
feita de
pinheiros à beira mar,
de barcos
zarpando rumo a Norte,
rumo à Estrela Polar.
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