No canto do
jardim
um apinhado de
folhas rubras,
o vento já sem
força
não as levou.
São tapetes fofos
embalando
pensamentos vãos.
Parte do todo,
a liquidez
sobrante
passada a
clareza
do último Verão.
Setembro foi o
mês das vindimas
na ramada densa
sobre o
quinteiro
da minha avó.
Os adultos
armados
com tesouras de
poda
rasgavam o
cangaço,
sujavam as mão.
A pequenada
desajeitada
a elas estava
destinada
apanhar os bagos
do chão.
Os ventos vão
soprando
anunciando chuva,
que seja pouca
para não
estragar a colheita.
No fim da apanha
celebrando a
faina
dança-se, canta-se,
come-se, bebe-se
sem qualquer
moderação.
Pela noitinha
o cansaço dos
corpos anuncia
o fim desta
labuta calendarizada.
desde o ano que
findou.
Aguarda-se o
Novembro
para abrir a
bica,
provar o
verdasco,
comer as
primeiras castanhas.
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