Collado
O PAÍS HOJE
Estes são dias da União Europeia,
Banco Central Europeu,
de modelos programados
às ordens de Bruxelas,
iguaizinhos para as mazelas
dos vários países.
Da inutilidade de novas ideias
saídas de poderes renovados.
Os velhos crânios estão na sala
de volta da mesa computorizada,
a encenar a vida de muitos,
exactamente como dão conta
em folhas digitalizadas.
Caem empresas, não há salários,
Devolvem-se casas aos bancos,
Fazem-se arrestos,
Vendem-se os tarecos em hasta pública
por uma côdea,
corta-se o fornecimento da electricidade,
a água não corre nas torneiras.
Os narizes rubicundos
cheiram mais austeridade.
A Europa não cresce
estagna a Economia
e uns seres ancilosados
dizem: mais austeridade.
Viveremos até ser paralíticos
nesta sombra de não ser.
Perdemos histórias, memórias,
perdemos independência,
desconhecemos a casa que nos acolhe.
Como num enterro
marcharemos silenciados
esquecida a bênção da liberdade.
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