Escuta-se a linguagem
do fim do dia,
os corpos
cansados de regresso a casa,
o mês vai a meio,
conta-se o dinheiro,
é comprar o
frango assado,
o pão, ambos em
promoção.
A televisão
ligada, é só companhia,
passam palavras
insignificantes,
meias verdades,
meias mentiras.
Os olhos são
vazados
pelo poder
quando vêem mais
além.
Vende-se, compra-se
propriedades,
destinos,
em cartórios
cozidos em vil metal.
À porta de cada
mansão
há um usurário
abrindo a boca à
presa fácil
engolindo como a
cobra,
num ápice, a
vida alheia,
sem remorsos nem
comiseração.
Sem comentários:
Enviar um comentário