José Gonzalez Collado
GRAFITTI
Na porta de alumínio cinza
do meu prédio de trinta anos
alguém pintou
uma borboleta multicor.
Grande, brilhante,
podia ter saltado
de uma tela de Van Gogh
Pronta a bater as asas,
de tão real,
era soprar com força
começaria a voar.
O sindico
cuja arte não era o seu forte,
chamou um serralheiro
que de formão em riste
raspou a borboleta.
A porta e o prédio
são agora mais tristes.
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