No meu quarto
com janela
virada a sul
o tempo corre
devagar.
Olho os carros
que passam,
nada é de graça
nem o riso da
criança
levada pela mão
da mãe,
ao virar da
esquina
pede o rebuçado.
Entro no
movimento
hora de ponta,
corridas
a caminho de
casa,
as buzinas ferem
os ouvidos.
Voa do tejadilho
dum Ford antigo
um ramo de rosas
encarnadas,
caem no meu
pátio,
ganhei o dia.
Recolho-me com o
ramo
e barro duas
tostas com mel,
tiro um expresso,
sento-me e
adormeço.
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