Os olhos
percorrem a casa
agora vazia,
as passadeiras
gastas
cobrem um chão
velho,
os copos, os
pratos esbetonados,
serviram de mão
em mão
festas e
comemorações.
Hoje são fósseis,
não existem,
não têm
serventia.
Foram belos os
armários,
as secretárias,
a credence.
O pó, como
argila branca
cobre as
memórias,
as ânsias, as
lembranças.
Delírio é querer
continuar
navegando em
águas mortas.
Frágeis,
agarramo-nos a tudo
esquecendo a
brevidade das coisas.
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