Dina de Souza
METROHoje o metro não atravessou
a ponte de D. Luís.
Acidente, alguém se atirou ao rio?
Vá lá saber-se
o que passa na cabeça
das gentes desiludidas.
Os habituais passageiros
perdem a compostura,
barafustam pelo atraso.
Não há o frenesim
entra e sai,
a bisbilhotice matinal
do mulherio conhecido.
Abriram-se as portas,
descem os clientes
atravessando apressados
a ponte a pé.
Senhores passageiros
na próxima viagem
o tráfego estará normalizado.
Quero lá saber,
por hora pretendo sentar-me,
tomar meia de leite,
uma torrada barrada
com muita manteiga.
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