Manhã cedo,
um frio de
rachar,
lancheira na
mão,
passo apressado.
Um gorro tapando
as orelhas,
um assobio
para acompanhar
o ritmo da
passada.
O dia inteiro
a partir pedra
amontoada no
muro
de uma
propriedade
fechada .
A camisa de
flanela
suada,
a boca seca,
presa,
uma fome
visceral
de arroz com
feijão,
a cerveja a
rasgar
a sede.
Um cansaço
do tamanho do
mundo,
o sol a apagar-se,
um banho quente
lavando a
sujidade
pegada à pele.
Um cadeirão
velho,
uma sesta
rápida,
o descanso
merecido
de um britador,
que por amor à
arte
ainda
não desistiu.
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