Collado
CARTAS
Abertas as cartas
há as tuas mãos
pressionadas na escrita,
o cheiro a papel novo,
a caligrafia da escola primária,
ao último adeus
no cais da estação.
O teu rosto
levemente desmaiado,
as viagens desenhadas
nas abas do arco-íris.
Tudo à mão de semear
o calor da presença,
o embarque, o que me resta
a desvanecer-se.
As cartas triste remédio,
vejo-te no fim do ano
se esse for o teu desejo.
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