José Gonzaléz Collado
OUTONO
Cheira a
castanhas,
a fumo
por entre os
pingos de chuva
que se abatem na
cidade.
A água lava as
ruas
num caudal
descontrolado.
No jardim da
Cordoaria
rodopiam folhas
multicores
de tons terra,
caem a toda a
hora
deixando as
árvores solitárias.
Um cachecol
colorido
agasalha a
menina loira
que desce os
Clérigos
em passo
apressado.
Cheira a terra
molhada,
a coração a
bater,
a marmelos descascados,
a memórias de
fumeiro,
a pão negro de
centeio,
a lareiras
acendidas,
a rezas no fim
do dia.
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