Collado
UM DIA DE INFÂNCIA
De nós ficaram
Verões sadios,
nadando nus
nos redemoinhos
do límpido rio.
Brincadeiras inocentes
nas margens sombreadas,
pedras atiradas
empurrando nenúfares.
O medo não toldava
e saltávamos
mergulhando à procura
de peixes acossados.
Em casa,
na mesa de pedra
espreitando no jardim,
havia sempre um prato
de figos pingo de mel,
broa escura, de centeio,
fatias de presunto negral.
Ficou a sede de infinito,
o querer sempre mais,
o nadar para além do rio,
o embarcar nas marés.
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