António Palolo
FIM DE TARDE
Estavas sentado no muro velho
musguento e negro,
esperavas-me certamente,
tiraste do alforge o vinho fino,
no côncavo da tua mão
pousei a boca,
sorvendo a doçura da vindima.
Estreitas-me contra o teu peito,
bati apressado no teu coração
pedindo licença para ficar.
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