sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

ROSÁRIO

Collado
ROSÁRIO

Fecho as persianas
quando o calor aumenta,
tiro o violino
do velho saco poeirento,
toco até fazer doer os dedos,
até os vizinhos se enfadarem,
rio comendo chocolate negro,
não respiro
quando no corredor do prédio
dois apaixonados
se devoram com beijos,
traço novos caminhos
numa lousa de ardósia,
viajo com a alma,
agarro devagar a insónia,
o dia começou a raiar!

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