Puseram-nos de joelhos,
vestidos de laranja
como os presos de Guantamano,
injectaram nos seus olhos
a angústia da complexidade
do martírio,
ataram-nos de pés e mãos,
puseram na sua boca
palavras cuspidas,
apodrecidas num fanatismo
sem qualquer explicação!
Como carrascos,
jovens anónimos,
protegidos pelo negro fato,
pelo negro manto
tapando-lhes os olhos
e a alma!
Impunes
ao abrigo interesses obscuros,
de rompante,
sacam de uma faca,
recitam salmos de medo,
executam à nossa frente
os homens
que só quiseram
dar-nos conta
do triste estado do mundo!
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