Victor Silva Barros
JUNTO AO
JARDIM
Ao fim da
tarde
é vê-las
rebolando
as ancas,
compondo
um sorriso
matreiro,
usando os
olhos
como
acerto
da
mercadoria a trocar!
São novas,
velhas,
magras,
gordas,
elegantes,
boçais,
com caras
angelicais
ou cores
de vinho tinto!
O seu
nome
é de
profissão,
discretas,
vão um
passo atrás do cliente,
apressadas,
o negócio
não se
compadece
com horas
estragadas!
Servem
sem
grande conversa,
aqueles
senhores
que lhes
pagam,
maternais,
brutais,
ordinárias,
audazes,
colegiais,
putas mesmo,
conforme
a tara
de quem
as tem
por um
punhado
de
trocados!
Há um
mistério trágico
nestas
mulheres que se vendem,
serão
rameiras desprezíveis
ou santas
que salvam vidas?
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