Victor Silva Barros
PÃEZINHOS
COM MARMELADA
Era
Outono,
à noite
ficava o céu
enevoado,
o vento
soprava do mar
e fazia cair as folhas
das
árvores,
agora
vazias de fruto!
O sol
declinava mais cedo,
a mãe
apressada,
assentava
num caderno
as
provisões que precisava
para o
Inverno!
Calmamente,
escolhia
os marmelos
perfeitos,
desde a
semana passada
guardados
num cesto
de palha
castanho!
Naquela
cozinha imperfeita,
era
perfeita a azáfama :
descascava-se
a fruta,
cozia-se
num panelão
de cobre,
esmagava-se
numa rede
fina!
Com
açúcar,
tempo,
paciência,
fogão,
nascia a
marmelada!
Vertida
em tigelas
redondas,
cobertas
com papel
vegetal
untado de
aguardente,
era na
janelas da frente
que
secavam!
No
Inverno,
em
pãezinhos
pequeninos,
eram o conforto
nas
longas noites
frias!
Na saca escolar
era o
lanche,
transformado
em buchas
pequeninas,
repartidas
pelos meninos,
para
cujas mães
a
marmelada era um luxo!
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