Molina, in: http://portomultiplovieiraportuense.blogspot.pt/
PORTO
A cidade
nasceu,
granítica,
e, depois
acordou
com vasos de
sardinheiras,
inventadas,
colocadas,
sabe-se lá,
por quem,
nas sacadas
de ferro
forjado!
Os passantes
misteriosos
segredavam-lhe
ao ouvido:
como és bela
sobressaindo
do nevoeiro
que se vai
soltando do rio!
À cidade agradava-lhe,
a leitura de
um livro,
de Camilo,
estar numa
sala de cinema,
animada,
e, ter
casais de namorados,
em janelas
enfeitadas,
abraçados
pela ténue madrugada!
O cais
embalado,
pela agitação
da água,
os rabelos coloridos,
e os copos
de vinho do Porto
vazios,
depois de
saciadas as bocas!
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