terça-feira, 9 de abril de 2013

NATUREZA MORTA



NATUREZA MORTA

O prato era branco,
quadrado,
grande,
debruado a azul cobalto!
Bem no centro,
brilhava a ostra,
rugosa,
cheirando a mar!
E perguntei-me:
que raio faz esta ostra,
no centro,
de um prato vazio
cheirando a mar?
Comi a ostra
e o mar
inundou a minha boca,
e eu fui marinheiro,
barco, tempestade,
cantador do futuro!
Procurei soluções,
escorracei ladrões,
planeei caminhos
para este país falido,
em redor de um prato branco
com uma ostra rugosa,
no centro,
cheirando a mar!

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