Collado
VER Sentada na cadeira escura
de um café da cidade,
esperando o cappucino,
vejo, para além do muro
de cimento e cal,
a vida
enfiada num cubo
balançando sobre um rio
de cristal.
Bem me quer
mal me quer
onde está
quem me quer bem?
Existo, febril
entre querer, não querer,
ser e não ser.
Eis o destino
em cartas de Tarot
caminhos estreitinhos,
pouco ouro
e metas atrás de metas
para cumprir.
Perco palavras cifradas,
registo,
tudo acaba bem
no absoluto desprendimento
de tudo.
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