collado
UM VENTO ATLÂNTICOO vento sopra como nunca
amassando o ímpeto
e a vontade
de sair e gritar liberdade.
Não há transporte
que leve à lua,
de caras no solo
os vis mortais
mais uma vez serão capachos
onde botas cardadas pisarão.
Mas há sempre alguém
que resiste,
esquece a porta e o cadeado,
desafia leis injustas
e luta pela paz, pela democracia,
pelo pão partilhado, igualdade
de oportunidades,
pelas cidades, pelo interior,
pelas favelas, pelos índios
esquecidos na hora de repartir,
por Imanjá, pelo terreiro
pela vendedeira de picolé,
pela mãe que chora
fechando os olhos
do filho assassinado.
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