Coladdo
RELÓGIO
Parou o relógio,
o tempo não flui
pendurado
nos ponteiros
silenciosos.
Falta o bater
das horas
a lembrar
que existimos
nesta correria
louca
de fabricar vida
a olhar pela
vidraça
da janela
embaciada.
O pêndulo inerte
não descreve o
meio circulo
em dança
coreografada.
Parou nas doze
horas
de um dia aziago
assim ficou mudo
e quedo.
Num golpe de
saudade
foi consertado,
colocado no
lugar.
Eis o guardião
do tempo,
a lembrar dia a
dia
a brevidade da
vida
que se acaba
a cada
minuto rodado.
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