O Domingo era de amoras,
dispostas por sobre a mesa,
numa geleia gelada,
barrando a fatia escura,
do pão cozido de madrugada!
O leite quente aguçava
a vontade de provar
aquela brancura perfumada
com canela e
pedaços de maça!
O queijo salgado de cabra
rescendia,
em tosta estaladiça,
preparando o paladar
para os figos
pingo de mel,
servidos com o orvalho
da manhã!
O cheiro a café era intenso
caindo de um saco surreal
e as dores morriam
no repasto matinal!
E a família reunida
deitada nesta ternura
fazia parar o tempo
e dava graças à ventura
de poder saborear
esta refeição divinal!
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