COLLADO
A POMBA A pomba caída no chão, inerte
balança com o trepidar ruidoso
dos carros,
as asas penduradas, depenadas
num corpo já nada.
O sopro apagou-se em silêncio,
os pássaros não têm alma,
não têm céu nem expiação,
morrem e acabou-se.
Não há obrigação
de lhes assistir com missas,
de os enfeitar com flores,
dão-se à natureza, quietos
e assim ficam eternamente.
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