quinta-feira, 27 de setembro de 2018

RELÓGIO

Coladdo
RELÓGIO

Parou o relógio,
o tempo não flui
pendurado
nos ponteiros silenciosos.
Falta o bater das horas
a lembrar
que existimos
nesta correria louca
de fabricar vida
a olhar pela vidraça
da janela embaciada.
O pêndulo inerte
não descreve o meio circulo
em dança coreografada.
Parou nas doze horas
de um dia aziago
assim ficou  mudo e quedo.
Num golpe de saudade
foi consertado,
colocado no lugar.
Eis o guardião do tempo,
a lembrar dia a dia
a brevidade da vida
que se acaba
a cada minuto rodado.

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