quinta-feira, 19 de outubro de 2017

UM DIA DE OUTONO FRIO

José Gonçalez Collado

UM DIA DE OUTONO FRIO  

Um nevoeiro fino
impregna a cidade
vestida de parkas
e casacões.
O capuz tapa os cabelos,
a humidade atravessa
o pescoço,
desce até ao umbigo.
Na rua ninguém vê ninguém,
os contornos
dos monumentos antigos,
são manchas.
A respiração é ofegante,
o bafo embacia os óculos.
A fila é imensa no metro,
por minutos o lar
onde se pretende algum calor.

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