Não te vejo
sentada nessa cadeira
esquecida no jardim.
Tenho saudades
das sestas dormidas
no decadente cadeirão,
lado a lado.
esquecendo tudo,
o que estava fora do muro.
Era bom o equilíbrio,
a natureza esplendorosa
rompendo a terra
escura, húmida.
Estranho, não te ver,
ainda ontem, juro,
estavas lá,
esperando o chá
com rodelas de limão.
Vida multiplicação de factos,
sendo nós adultos,
sofremos as consequências.
O resto particularidades,
o soa aquecendo pouco,
a dureza da existência,
a caminhada tidos os dias
no passadiço cercando o Douro.
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