À noite, devagar, com tempo,
recolhidos os passos árduos
de um dia desgastante,
o vento sabe a mar,
os pinheiros oferecem frutos.
Os bichos gemem adormecendo,
recolhem-se os últimos cestos
de neblina,
fecham-se as portadas da alma,
come-se percebes frescos
apanhados nas pedras do molhe da praia.
Cada sílaba proferida
é assente no livro do dia
sem stress, sem amargor.
Fervilham no cérebro memórias,
Apaga-se a luz rasante,
a pele arrepia-se,
aos olhos resta esperar a maré cheia
frapeando a porta da entrada
na madrugada ainda por acontecer.
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