Acreditando para
lá de nós
tudo é
explicável,
o sol, a lua, as
árvores, as flores,
os pássaros, o
mar, o pôr-do-sol.
A vida é um
suspiro,
um ai, um esgar,
uma alegria, um
prato de lentilhas,
um manjar, um
começar,
um fim de linha
numa estação
desconhecida.
Soprando o vento
Norte
lá se vão os
planos
traçados a rigor.
Cumpre-se, falha-se,
sonha-se,
depois há o
cansaço
por detrás de
cada gesto
com frutos.
A eternidade não
se gasta,
espera-nos
numa ânsia de
partilha.
O tempo que nos
é dado,
perecível, impaciente,
incerto, curto,
não acatando
falhanços,
contra danças,
incumprimentos
de prazos.
Para nosso
descanso
temos o resto
para lá da vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário