No muro escreve-se:
viva a liberdade.
Quebram-se as amarras,
soltam-se as vozes
do fundo do esquecimento.
Corre-se apressado
até ao largo
onde se grita:
queremos ter mão
nos nossos destinos.
O polícia espreita,
lentamente,
com gestos precisos,
retira do cinto
o cassetete,
e, bate, bate,
descarregando a sua própria
raiva.
Acomoda-se
nos nossos olhos
a fúria da razão.
O dia declina,
a angústia acende,
a utopia
fica para amanhã.
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