Morri,
pus-me na fila
imensa,
esperando
a entrada no
inferno
ou paraíso.
As escadas que
percorríamos
eram
estreitinhas,
poidinhas,
ladeadas por
anjos e demónios,
levando a deus e
ao diabo
os recados
dos novos
falecidos.
Do outro
havia uns cães
treinados
para farejar os
pecados
antes da última
triagem.
Deixei-me ficar
parado
numa sonolência esquisita,
sem que eu
imaginasse
a balança parou
igualmente entre
deus e o diabo.
Deus envelhecido,
mãos
tremelicantes,
desceu numa
nuvem
e disse-me:
dou-te o beneficio
da dúvida.
Prenderam-me
umas asas
amarrotadas,
mandaram-me de
volta:
age,
desequilibra a
balança.
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