Volto todos os
dias
à velha casa de
pedra,
não tenho outro
remédio
é a única que é
minha,
Entre o portão
de ferro
enferrujado
e a cozinha,
há uma escada
esbotonada
que subo
sem qualquer
pressa.
Volto
e peso
religiosamente
o arroz carolino
que fritarei no
refogado
de azeite, alho
e cebola.
Abro o frigorífico,
apanho um ovo,
escalfado,
naquele arroz
frito,
fará a refeição
da noite.
Volto a abrir
o diário das
contas,
o ordenado é tão
escasso,
a luz, a água,
o vidro partido
pela ventania,
a pia entupida,
a missa do
sétimo dia,
o IMI para a
autarquia,
o passe mensal,
o café e o
jornal diário.
Tenho a plena
consciência,
só trabalho
para sobreviver.
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