Carlos Dugos
in:http://eaobranasce.blogspot.com/
Naquele bar esconso,
um olhar exangue,
vestido de negro e vermelho,
está sempre pronto a vender – se
em laçadas e copos turvos de álcool!
Mãos de lama e trevas
ousam tocar um corpo redondo
numa luxuriante fogueira
saciada em qualquer portal!
Não dás por nada
em cima de altos tacões,
apertada por infindas ilusões,
velada com máscara de Carnaval!
A vida vai a correr
ao redor de outros desejos,
num palco lavado
e pensado
para seres actriz principal!
A herança deita - a fora,
respira um ar enfeitado
e faz uma roda
com as mãos
que não compram num guiché,
para um momento,
um amor de vintém,
mas a luz que conduz
a outras salas, outras horas!
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