Apareceste na
minha vida,
não falaste
muito
não negociaste,
foste entrando
como se
soubesses o caminho,
Sentas-te na
minha mesa
e comeste os
figos e a broa
empilhados num
prato fundo.
Foste doce,
enganador,
lançando laços
em redor de mim.
Sobre as rosas
postas em jarra,
vermelhas,
gritantes,
não disseste
nada.
Era tudo
nebuloso,
estando aqui há
muito,
parecias estar
há mais,
querendo ficar
para sempre.
A magia é ténue,
quebra-se como o
cristal.
Memórias não há
por ora
não sei as que
restarão
daqui em diante.
Não se esfume o
presente
por entre os
dedos,
na espuma
resiliente do mar.
Deixa-me pensar
assim:
tu e eu,
as rosas na
jarra de cristal,
os figos, a broa.
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