Os amigos foram
aparecendo,
raros, espaçados,
sentando-se sob
a mesa,
servindo-se
do vinho branco seco
das torradas de
azeite e alho.
Confiei nos amigos,
abri-lhes as portas,
com o tempo
mostraram-se
mais inimigos
que amigos.
Agora sou eu e a
minha casa,
de quando em vez
um ou outro entra,
diz-se amigo do
peito
e põe se a jeito
para ficar.
Vai e não volta,
cada um na sua
vida.
É cerrado o
ciclo,
não me lembro já
de muitos rostos.
Há sempre alguém
que quer voltar
na ilusão de uma
suposta partilha,
não os quero
aprisionar,
alinho na
realidade
que é sozinha.
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