terça-feira, 16 de agosto de 2016

MARIANA

Collado

MARIANA  

Dói Mariana dói,
o rapaz que parte,
de repente,
sem qualquer zanga,
explicação,
exaltação.
Há bálsamos para tudo,
queimaduras, equizema,
cortes, arranhões.
Nada há, Mariana,
para as dores de amor.
Reprovam se chorámos
reprovam se disfarçamos,
confundem o torpemente
o que pensam e a vida.
Engalfinhas-te no livro,
último na montanha
que está à cabeceira,
deixas que a ficção
sare o teu coração sangrando.

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