ELISA E A
VIDA
Perdeste o fogo
Elisa,
meu deus, o que
perdeste.
Corres pela rua
apressada,
ah o trabalho, o
salário,
é teu o objectivo do patrão:
crescer a custos
mínimos.
Quem quiser que
pense,
em casa há os
miúdos,
os banhos,
o prato de
comida doseado,
o marido
desconcentrado
no sofá da sala,
a televisão
ligada
a quem ninguém
atende.
Todos re
determinam
os filhos, o
marido, o patrão.
Custa chegar o
sono –
a vida,
estilhaçada!
Confusos os
pensamentos,
enrosca-se no
cobertor quente,
amanhã é o
último dia da semana.
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