Pedro Lapa
FRENTE AO RIO
Frente ao rio
feria-nos a neblina
que inundava as margens,
esfriava os muros!
O corpo sem fronteiras
navega,
no sítio exacto
em que o Douro
se junta ao Atlântico!
Encolhidos na esplanada
bebemos
um Sandman Vintage,
memorizámos
os barcos parados
que outrora
transportavam vinho!
Ouvíamos histórias
contadas noutras mesas,
comoventes,
meninos atiravam-se ao rio
por moedas!
Isto é ser pobre,
comer tripas,
couratos,
fissuras!
Esta bebedeira há-de passar,
não vou chorar!
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