Collado
NOITE
Escura, silenciosa,
uma leve brisa
solta-se do rio,
enrola-se no pescoço
das raparigas
saindo das discotecas!
Como um sinete,
crava-se na carne tenra,
pede-se um agasalho!
Os sinos das igrejas
soam mais pungentes,
senta-se gente
na escadaria
do último café aberto,
bebe-se a derradeira cerveja amarga!
Nos antros das vielas
gemem os sem abrigo,
a cidade alberga
a sorte e a miséria!
O céu e a terra
fundem-se por instantes,
acaba a noite,
rompe o dia,
Avé-Maria!
Sem comentários:
Enviar um comentário