terça-feira, 19 de agosto de 2014

FIM DE CICLO

Collado
FIM DE CICLO

O rosto é o mesmo
no leito da morte,
mas o silêncio é tão vazio
a espiar o fim de vida,
causa arrepios
maléficos,
insustentáveis!
Treme tudo,
sussurram-se palavras sem sentido
no crepúsculo do fim!
Nada faz sentido
quando o corpo perece,
estremecendo levemente
no último sopro de vida!
O falcão domado
ao longe espreita,
será o pássaro que leva
a essência até ao outro lado!
Sufoca o grito,
sufocámos nós 
numa tumultuosa homenagem
a quem nos deixou sem ais!

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