quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A MALA MEL


J. Valcárcel


As palavras estão gastas
num mundo sem partilha,
cavalos desenfreados
passam por cima dos sonhos
e deles fazem fardos de palha!
Eu que podia pedir pouco
achava que tinha direito
a uma mala cor de mel!
Num Domingo de poetas,
pé ante pé
e sem grande treta
fiz solenemente o pedido.
Pus toda a gente em sentido,
juntei cravos e rosas
no mesmo canteiro
e o acto foi certeiro
concederam a esta poeta
uma mala mel!
Num mágico segundo
coube ali o mundo!

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