Anacelia Guerra
VERÃO
O sol bate a pino,
as pedras fervem,
a terra quente, sua,
pede suplicantemente
a água que a reinvente!
Despem-se as moças
mostrando formas roliças,
sorriem para quem passa,
como se todos
as cumprimentassem!
Há velhas lembranças
de outros Verões,
mais sossegados,
onde bebíamos refrescos
gelados,
partilhávamos segredos
ousados,
enquanto as avós velhas
dormiam sestas
sagradas,
em camas herdades
de ferro pintado!
No silêncio campestre
da tarde,
ouviam-se ralas
e os deuses pacientemente
esperavam o fresco
do final do dia
para nos mostrar o sentido
da existência!
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